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Bully – A Rebeldia Mais Divertida da Rockstar no PS2!

Introdução

Ligue o seu velho PlayStation 2. Ouça aquele som mágico da inicialização, uma mistura de ficção científica com sinfonia de anjos. Agora, volte para 2006. A Rockstar, a gigante por trás da polêmica e do caos de Grand Theft Auto, anunciava algo… diferente. Não era sobre máfia, carros roubados ou metrópoles violentas. Era sobre a escola.

Naquela época, a gente esperava qualquer coisa da Rockstar, menos isso. Um jogo sobre um colégio interno? Parecia piada. Mas quando Bully chegou às prateleiras das locadoras, com aquele ar de rebeldia juvenil, entendemos tudo. Não era só um “GTA na escola”. Era uma obra-prima de carisma, humor e, acima de tudo, nostalgia pura.

Lançado para o eterno PlayStation 2, Bully foi um soco no estômago da mesmice. Em uma era dominada por heróis de guerra e magos de armadura, controlar Jimmy Hopkins, um adolescente problemático jogado no covil dos leões de Bullworth Academy, era um sopro de ar fresco. Um ar com cheiro de giz, grama cortada e bombas de fedor.

Este artigo não é uma simples análise. É uma máquina do tempo. Uma carta de amor a um dos jogos mais injustiçados e geniais da Rockstar. Prepare-se para sentir aquele cheirinho de plástico de memory card, lembrar das tardes gastas na frente da TV de tubo e, quem sabe, sentir uma vontade incontrolável de voltar para a escola. Mas só se for para Bullworth.

História e atmosfera

Bully não tem uma trama sobre salvar o mundo. A ambição aqui é muito mais relacionável e, honestamente, muito mais divertida: sobreviver e dominar o ecossistema social de um colégio interno. Você é James “Jimmy” Hopkins, um garoto de 15 anos com um histórico de indisciplina tão grande quanto o mapa de San Andreas.

Após ser abandonado por sua mãe e seu novo padrasto rico, Jimmy é matriculado à força na Bullworth Academy, uma instituição que parece ter sido projetada por um arquiteto que odiava crianças. O lema da escola já diz tudo: “Canis Canem Edit” (Cão come Cão). E é exatamente isso que você encontra lá dentro: um microcosmo da sociedade, dividido em facções hostis.

O início da aventura

A sua jornada começa com o pé esquerdo. Logo no primeiro dia, você já é alvo dos valentões, desprezado pelos mauricinhos e observado com desdém pelos professores. Seu único aliado inicial é Gary Smith, um sociopata carismático que se apresenta como seu guia, mas cujas intenções são tão transparentes quanto um muro de tijolos. A partir daí, a missão de Jimmy se torna clara: ele não vai apenas sobreviver, ele vai escalar a hierarquia social e dar um basta no caos, unindo as tribos sob seu comando.

O mundo e seus mistérios

Bullworth Academy é o verdadeiro protagonista do jogo. Cada corredor, cada dormitório e cada canto do campus tem uma história para contar. O mundo é dividido entre as clássicas “panelinhas” escolares, elevadas à décima potência: os Nerds, os Jocks (atletas), os Preppies (mauricinhos), os Greasers (valentões de jaqueta de couro) e os Townies (a galera da cidade que odeia os alunos de Bullworth).

Explorar esse mundo é uma delícia. Desde os corredores principais, passando pela biblioteca silenciosa (ou nem tanto), até os becos da cidade de Bullworth, tudo parece vivo e reativo. Cada clique tem seu território, seus costumes e suas próprias missões. A atmosfera é uma mistura perfeita de filme da Sessão da Tarde com o humor ácido característico da Rockstar. É um clássico do PS2 que construiu um mundo pequeno, mas denso e inesquecível.

O estilo narrativo dos anos 90

Apesar de ser um jogo de 2006, a narrativa de Bully tem aquele sabor dos anos 90 e início dos 2000. As cutscenes são diretas, cheias de diálogos afiados e sarcasmo. Não há longas exposições cinematográficas; a história é contada através das missões e da interação com os personagens. Jimmy Hopkins não é um herói silencioso, ele é um protagonista com personalidade forte, cujas respostas ácidas e senso de justiça torto nos conquistam imediatamente.

O roteiro é uma sátira brilhante da vida escolar, exagerando estereótipos para criar situações hilárias e, por vezes, surpreendentemente tocantes. A traição de Gary, a amizade com o tímido Petey Kowalski e a ascensão de Jimmy ao posto de “rei da escola” formam um arco narrativo simples, mas executado com perfeição. É o tipo de história que gruda na memória.

Jogabilidade e mecânicas

Se você acha que Bully é só andar de skate e atirar estilingue, está redondamente enganado. A jogabilidade é uma salada de frutas genial de vários gêneros. Em sua essência, é um jogo de mundo aberto, mas com regras bem definidas. Você tem um horário de aulas para cumprir, um toque de recolher e inspetores (os “prefects”) patrulhando os corredores, prontos para te colocar na detenção.

Os controles, típicos da era PlayStation 2, podem parecer um pouco “tanque” hoje em dia, mas funcionam. O sistema de combate é simples, baseado em combos de socos, agarrões e a possibilidade de humilhar seu oponente. Mas a verdadeira magia está nas “armas”: estilingue, bombinhas, pó de mico, ovos podres e até um lança-batatas. A criatividade para causar o caos é o limite.

Uma das mecânicas mais brilhantes é o sistema de aulas. Cada matéria é um minigame diferente. Na aula de Química, você participa de um jogo de ritmo para criar bombas de fedor e outros itens. Em Inglês, forma palavras para melhorar sua capacidade de persuasão. Em Artes, desenha para ganhar um bônus de vida ao beijar garotas. Frequentar as aulas não é só uma obrigação, é uma forma de evoluir seu personagem, o que torna a rotina escolar surpreendentemente viciante.

A progressão é fantástica. Conforme você completa missões para as diferentes facções, sua reputação muda. Ajudar os nerds a se vingarem dos atletas fará com que os nerds te cumprimentem nos corredores, enquanto os atletas tentarão te derrubar da sua bicicleta. Esse sistema de reputação dinâmico torna o mundo de Bullworth incrivelmente reativo e vivo. É uma aula de game design que muitos jogos atuais poderiam aprender.

captura de tela 1

Pontos fortes do jogo

Fazer uma lista do que torna Bully especial é fácil. Difícil é parar de escrever. Se fôssemos resumir em uma daquelas listas de revista de videogame antiga, ficaria mais ou menos assim:

  • Level Design de Mestre: Bullworth Academy não é um mapa gigantesco, mas cada centímetro é aproveitado. É um playground perfeito, onde cada beco pode esconder um segredo e cada prédio oferece uma nova oportunidade para missões ou pegadinhas.
  • Trilha Sonora Inesquecível: Composta por Shawn Lee, a trilha sonora é simplesmente icônica. As músicas dinâmicas mudam conforme a situação — perseguição, exploração, aula — e grudam na cabeça. É impossível ouvir o tema principal e não abrir um sorriso nostálgico.
  • Personagens Caricatos e Memoráveis: De Jimmy Hopkins, o anti-herói perfeito, ao vilão manipulador Gary Smith, passando pelo gigante de bom coração Russell Northrop e a autoritária Miss Danvers, cada personagem é uma caricatura exagerada e hilária dos arquétipos escolares.
  • Desafios com Variedade: As missões são um show de criatividade. Em um momento você está defendendo um nerd de valentões, no outro está invadindo o dormitório feminino para roubar calcinhas (“Panty Raid”), ou ajudando um professor bêbado a encontrar suas coisas. A variedade impede que o jogo se torne repetitivo.
  • Humor Implícito e Sarcástico: O jogo é uma comédia do início ao fim. O humor anos 2000 está por toda parte, nas pichações dos muros, nos diálogos absurdos dos NPCs e nas descrições dos itens. É um humor inteligente, que satiriza a autoridade e a dinâmica social sem nunca ser ofensivo.
  • A Magia da Geração PS2: Bully é um produto de seu tempo, no melhor sentido possível. É um jogo completo, sem DLCs, sem microtransações, sem necessidade de conexão online. Era só colocar o disco no console e mergulhar em uma aventura polida e focada, feita com paixão.

Curiosidades que todo fã deveria saber

Achou que conhecia tudo sobre Bullworth? Pense de novo! Como toda boa lenda de locadora, Bully é cercado de fatos curiosos e histórias de bastidores que só os verdadeiros “alunos” conhecem.

Primeiramente, vamos falar do nome. No Reino Unido e em outras partes da Europa, o jogo não se chama Bully. Devido a uma onda de pânico moral da mídia, que acusava o jogo de “promover o bullying” sem nem tê-lo jogado, a Rockstar sabiamente o renomeou para “Canis Canem Edit”, o lema da escola. Uma jogada de mestre que usou a própria crítica a seu favor.

E a tão sonhada sequência? Por anos, Bully 2 foi o monstro do Lago Ness da indústria de games. Rumores, artes conceituais vazadas e supostas informações de insiders surgiam a cada ano, alimentando a esperança dos fãs. Aparentemente, o jogo esteve em desenvolvimento mais de uma vez, mas foi engavetado em favor de projetos maiores como Red Dead Redemption 2 e GTA V. Uma pena, pois a saudade de Bullworth continua.

O jogo também está cheio de easter eggs. Há referências a Manhunt, outro jogo polêmico da Rockstar, em algumas decorações. Uma placa de carro em Bullworth diz “HOPPER”, uma possível referência ao filme Easy Rider. Além disso, a missão “The Candidate” é uma clara paródia das eleições americanas, mostrando que a veia satírica da Rockstar já era afiada.

Você sabia que a versão Scholarship Edition, lançada posteriormente para Xbox 360, Wii e PC, adicionou conteúdo que foi cortado da versão original de PS2? Novas aulas como Biologia, Música, Matemática e Geografia foram incluídas, junto com novas missões, personagens e roupas. Se você só jogou no PlayStation 2, rejogar essa versão é quase como experimentar um jogo novo.

Por fim, a inspiração para o jogo veio de clássicos do cinema sobre a vida escolar. Filmes como Clube dos Cinco, Porky’s e Animal House estão no DNA de Bully, desde a divisão de cliques até o espírito anárquico e a luta contra um sistema opressor.

Por que esse jogo ainda é tão incrível hoje?

Em um mundo de jogos como serviço e mapas de 200 km², por que um jogo de 2006 sobre um colégio interno ainda ressoa tanto? A resposta é simples: identidade. Bully tem uma alma que poucos jogos conseguem replicar. Ele pegou a fórmula de mundo aberto da Rockstar e a aplicou em uma escala menor e mais focada, criando uma experiência densa e imersiva.

O tema é atemporal. Todo mundo já foi para a escola. Todo mundo já teve que lidar com panelinhas, professores excêntricos e a luta para encontrar seu lugar. Bully captura essa experiência universal e a transforma em uma aventura de poder e fantasia. Ele nos permite ser o herói da nossa própria história escolar, algo que muitos de nós sonhamos em fazer.

Seu legado é inegável. Embora nenhum jogo tenha ousado copiar sua premissa diretamente, sua influência pode ser vista em jogos que implementaram sistemas sociais complexos, como a série Persona. Mais importante, Bully provou que a fórmula da Rockstar era versátil e que era possível criar um mundo aberto cativante sem a necessidade de violência extrema ou temas adultos.

Jogar Bully hoje é um exercício de nostalgia do PlayStation 2, mas também uma apreciação de um design de jogo atemporal. A diversão de explorar o campus, pregar peças, customizar o Jimmy e lentamente conquistar a escola continua tão potente quanto era em 2006. É um jogo que não envelheceu; apenas se tornou um clássico cult.

Dicas para rejogar de um jeito completamente diferente

Já zerou Bully umas cinco vezes? Acha que conhece cada segredo de Bullworth? Eu duvido! Que tal apimentar as coisas e revisitar o jogo com algumas regras malucas? Aqui vão algumas ideias para transformar sua próxima jogatina:

  • O Aluno Modelo (ou o maior desafio de todos): Tente ser um anjo. Vá a todas as aulas, nunca chegue atrasado. Vá para a cama antes das 23h. Não agrida ninguém a menos que seja estritamente necessário para uma missão. Tente manter seu medidor de problemas sempre no zero. Boa sorte, você vai precisar.
  • O Monoclique: Escolha uma facção (Nerds, Jocks, etc.) e seja fiel a ela. Use apenas as roupas daquele grupo, ande apenas nas suas áreas e ajude apenas eles. Ignore as outras facções como se fossem a aula de matemática na sexta-feira à tarde.
  • O Pacifista de Estilingue: Proibido usar os punhos! Você só pode se defender ou atacar usando armas de longa distância, como o estilingue, ovos, bombas de fedor e o lança-batatas. Isso transforma cada confronto em um desafio tático.
  • O Turista de Bullworth: Esqueça as missões por um tempo. Passe uma semana inteira (no tempo do jogo) apenas explorando. Jogue todos os minigames do fliperama, participe das corridas de bicicleta, encontre todos os gnomos de jardim e cartões de G&G. Você vai se surpreender com a quantidade de detalhes que perdeu.
  • O Fora da Lei em Tempo Integral: O oposto do aluno modelo. Seu objetivo é manter o medidor de problemas no máximo o tempo todo. Fuja dos inspetores, entre em brigas, cabule aulas e explore o toque de recolher. Veja quanto tempo você consegue sobreviver como o inimigo público nº 1 de Bullworth.

Avaliação retrô estilo revista dos anos 90

Vamos tirar a poeira do nosso antigo método de avaliação, com notas de 0 a 10 e comentários que só quem lia revista de game vai entender.

  • Jogabilidade: 9.0
    Comentário: “Os controles são meio travados, mas depois de algumas horas, você já está driblando os inspetores como um profissional. A variedade de missões e minigames é o que segura a onda. É diversão que não acaba mais!”
  • Gráficos: 8.0
    Comentário: “Para um jogo de PS2, os gráficos são um espetáculo! Os personagens são meio cabeçudos e os dedos parecem salsichas, mas o estilo artístico compensa. Tem mais carisma que muito jogo fotorrealista por aí.”
  • Trilha Sonora: 10
    Comentário: “Nota 10 com louvor! Cada música é um chiclete que gruda no cérebro. A trilha sonora de Bully é tão boa que você vai querer colocar no seu Discman. Simplesmente perfeita.”
  • Dificuldade: 7.0
    Comentário: “Não é um passeio no parque, mas também não vai te fazer jogar o controle na parede. Algumas missões e aulas de química vão exigir um pouco de suor, mas nada que um bom jogador não tire de letra.”
  • Replay: 9.0
    Comentário: “Com tantos colecionáveis, roupas para desbloquear e maneiras diferentes de jogar, voltar para Bullworth é sempre uma boa ideia. É aquele tipo de jogo que você sempre descobre algo novo.”

MÉDIA FINAL: 8.6

captura de tela 2

Veredito: Um clássico absoluto que merecia um lugar no quadro de honra de qualquer jogador. Bully é a prova de que a Rockstar sabe fazer mais do que apenas GTA. É um jogo obrigatório, que envelheceu como um bom vinho… ou como aquele chiclete que você grudou debaixo da carteira e encontrou anos depois, ainda com sabor.

Conclusão nostálgica

E assim, nossa viagem de volta a Bullworth Academy chega ao fim. Bully é mais do que um jogo; é uma cápsula do tempo. É um lembrete de uma época em que os jogos eram feitos para serem experiências completas, cheias de charme, humor e uma pitada de anarquia. É a fantasia de poder que todos nós, em algum momento, desejamos ter nos corredores da escola.

Se você é um veterano, esperamos que esta análise de Bully PS2 tenha despertado aquela coceira para rejogar. Se você é um novato que nunca teve o prazer de conhecer Jimmy Hopkins, o que está esperando? O portão de Bullworth Academy está sempre aberto para novos alunos.

Então, pegue seu skate, encha os bolsos com bombinhas e prepare-se para ouvir o sinal. A aula de como fazer um jogo inesquecível está prestes a começar, e a Rockstar foi a professora.

Resumo Final – Por que você deve voltar para essa aventura agora?

  • Reviver uma atmosfera única: Mergulhe de cabeça em um colégio interno que é um personagem por si só, cheio de segredos, rivalidades e um charme que nunca envelhece.
  • Dominar um gameplay viciante: O sistema de combate, as aulas em formato de minigame e as pegadinhas criam um loop de diversão que continua fresco até hoje.
  • Apreciar uma obra-prima sonora: Desfrute de uma das trilhas sonoras mais icônicas e cativantes da história dos videogames, que define perfeitamente o tom do jogo.
  • Rir com um roteiro genial: O humor ácido e a sátira social da Rockstar estão em sua melhor forma, com personagens e diálogos que são hilários e memoráveis.
  • Experimentar um clássico focado: Em uma era de mundos abertos gigantescos e vazios, a escala contida e densa de Bully é um lembrete de como um design de jogo focado pode ser poderoso e gratificante.
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